segunda-feira, 25 de abril de 2011

Produção Rural II (agricultura)

    O uso do fogo na agricultura é condenado há mais de um século pelos manuais de conservação do solo e edafologia, pelas conseqüências negativas por ele provocadas na produtividade da terra. No entanto é milenar a utilização da queimada para a retirada de florestas e campos, visando à implantação de pastagens e lavouras ou mesmo para a edificação de vilas e cidades, com influência direta na formação de semi-áridos e desertos. Há inúmeros relatos de verdadeiros desastres provocados pelas queimadas de vegetação, muitas delas praticadas pelos exploradores e colonizadores do velho mundo. No Brasil desde o inicio da colonização as queimadas foram utilizadas para a preparação de áreas para o plantio da cana de açúcar sendo o fogo ateado para a destruição de campos e florestas. Gilberto Freire afirma que “o canavial desvirginou todo esse mato grosso de modo mais cru pela queimada. A cultura da cana valorizou o canavial e tornou desprezível a mata”. O processo é simples. Para plantar a cana derruba-se ou queima-se a floresta. Depois para fabricar o açúcar essa floresta faz falta para manter acesa a chama dos engenhos, ou construir estas infra-estruturas. A cana tem na floresta o seu maior amigo e inimigo. Um exemplo apenas que evidencia a dimensão que assumiu este processo com graves conseqüências principalmente para o Nordeste Brasileiro onde a cana começou a ser implantada logo após o descobrimento. O inconseqüente uso do fogo para as práticas agropastoris e para a abertura de locais de habitação humana sempre foi à realidade do Brasil desde seu descobrimento, sendo que até hoje se faz sentir os efeitos dessa prática que, aliás, continua vigente. Com a febre da monocultura da cana, a prática das queimadas passou a ser rotineira. Depois da queima inicial da vegetação existente para a implantação dos canaviais, ocorriam as queimas destinadas a despalhar a cana, para facilitar a colheita. No estado de São Paulo até a década de 70 as usinas eram proprietárias de aproximadamente 30% da área que utilizavam para o plantio da cana. Com o advento do Proálcool (1975) e por causa do extremamente vantajoso subsídio estatal, com juros negativos, e longo prazo de carência, a cultura canavieira avançou com voracidade sobre os campos de outras culturas rurais e em semelhante intensidade o domínio das terras destinadas ao plantio da cana passou para as usinas, por força de aquisição ou de arrendamento. Neste quadro, a prática da queimada da cana-de-açúcar foi difundida em larga escala, sendo que, desde então, o controle parcial somente tem ocorrido por força dos movimentos sociais que culminam em legislações específicas, ações do Ministério Público e decisões judiciais. Contudo, há no Brasil alguns casos de abandono espontâneo dessa prática. Pequenos produtores de cana-de-açúcar do Município paranaense de Ibati criaram uma cooperativa para produção de açúcar mascavo orgânico e não utilizam adubos químicos ou agrotóxicos e fazem a colheita manual, sem a utilização do fogo, com resultados de produtividade maior que das usinas do Estado de São Paulo. Seguindo caminho inverso do modelo brasileiro, a partir da década de 70, Cuba iniciou a mecanização das colheitas da cana-de-açúcar, abandonando paulatinamente o uso do fogo nos canaviais, eliminando totalmente essa pratica nos dias atuais. Método semelhante adotou as Filipinas, com associação de outras culturas no meio dos canaviais, sendo que a palha é utilizada como adubo orgânico. Apesar deste antecedente histórico negativo, as queimadas da palha da cana-de-açúcar continuam sendo praticadas no Brasil, no entanto são bastante combatidas por setores organizados da sociedade, especialmente pelo movimento ambientalista. Na região de Ribeirão Preto a partir de l988 surge uma entidade a Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil que se torna a mais combativa contra as queimadas. Nesse mesmo ano são coletadas mais de 50.000 assinaturas num documento contra as queimadas, que é enviado ao governador do estado, que chega a proibir as queimadas e depois volta a traz por pressão dos usineiros e proíbe as queimadas num raio de dois quilômetros em torno das cidades. Em 1991 junto com varias outras entidades, faz um plebiscito com ampla participação da população, onde 95 por cento votaram contra as queimadas. Todos os anos são numerosas manifestações contra as queimadas, passeatas, colocação de adesivos e audiências públicas com setores da saúde e educação do município. Nesses anos de luta foi estabelecida uma importante parceria entre a ACE Pau Brasil e o Ministério Publico do Estado de São Paulo, com numerosas ações judiciais promovidas contra as queimadas do setor canavieiro. Veja mais aqui.
    NA MÍDIA Um estudo elaborado pela Universidade de Manchester a pedido da Comissão Européia indica que a abertura do mercado agrícola da União Européia (UE), como se prevê no acordo de livre associação que o bloco negocia com o Mercosul, poderia causar uma série de danos ambientais nos países sul-americanos. De acordo com o relatório preliminar, apresentado na última terça-feira em Bruxelas, a liberalização do comércio agrícola estimularia o Mercosul a aumentar o volume de produção de determinados artigos, como trigo, frango, carne e açúcar, um fator que teria “importantes conseqüências ambientais”. “No caso da produção de carne, isso poderia levar à conversão de solos nativos, devido à necessidade de criar maiores áreas de pasto e forragem para ter mais comida para os animais, e pode incluir a necessidade de fertilizantes e pesticidas. Nos pastos naturais, os maiores impactos seriam a alteração da vegetação nativa e impactos associados nos animais selvagens”, diz o texto. “Regiões ricas em biodiversidade, como florestas tropicais e mangues, podem ser limpadas e dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar, trigo e maçã”, o que teria “efeitos negativos” sobre o funcionamento do ecossistema local. Agrotóxicos O estudo também alerta que o aumento do uso de agrotóxicos, necessário para uma maior produção, ampliaria o risco de contaminação de fontes de água e poderia ser responsável por erosões causadas por um desequilíbrio na formação de plantas e do solo. Os especialistas afirmam que o impulso gerado pela abertura do comércio agrícola seria de grande importância para a coesão social no Mercosul, onde a população rural representa entre 8% (Uruguai) e 44% (Paraguai) do total de habitantes (17% no Brasil e 10% na Argentina). Entretanto, “a liberalização tende a beneficiar principalmente a agricultura moderna e, assim, reforçaria as desigualdades e aumentaria a pobreza nas áreas rurais”. “Com a redução das barreiras tarifárias no mercado europeu, pequenos produtores podem abandonar o suas produções tradicionais para cultivar produtos dedicados à exportação. Eles poderiam se tornar dependentes dos preços do mercado internacional e mais vulneráveis”, afirma o relatório preliminar. Artimanha políticaSegundo uma fonte diplomática brasileira, o estudo apresentado pela UE “parece uma idéia louvável, mas no fundo se presta para artimanhas políticas”. “Afirmar que a abertura do mercado agrícola vai gerar desemprego é um absurdo. Você pode encontrar casos isolados, mas se ver os dados gerais o quadro atualmente é outro, tanto no Brasil como na Argentina. O setor agrícola brasileiro é um dos poucos do mundo que tem gerado emprego”, afirmou a fonte. Apesar de menos de 10% da população total da UE se dedicar à agricultura, o setor reúne em média 21% dos empregos existentes nos novos e nos futuros Estados membros, que sofreriam com a concorrência sul-americana. O setor agropecuário é o principal exportador do Mercosul para a UE. No ano passado, só o Brasil lucrou US$ 11 bilhões com esse comércio. Atualmente o mercado europeu está aberto para produtos tropicais, mas o acesso para artigos também produzidos na UE - como açúcar, carne bovina e pera - é restringido e submetido a tarifas alfandegárias consideradas altas pelos sul-americanos. O estudo da Universidade de Manchester foi pedido pela UE para avaliar os possíveis impactos social, econômico e ambiental que causaria a implementação do acordo de livre associação com o Mercosul, mas não tem peso determinante nas negociações. Um segundo relatório, mais detalhado, será apresentado em novembro e a conclusão deverá estar pronta em março de 2007. Vi aqui

Na Mídia - "Suor" da cana ajuda a resfriar o clima, diz pesquisa

A produção de etanol e outros biocombustíveis já não é a única forma de usar a cana-de-açúcar para combater o aquecimento.
Cientistas dos Estados Unidos acabam de descobrir uma espécie de "efeito colateral" dessas plantações que ajudaria a resfriar a região onde as culturas se localizam.
Isso aconteceria pela ação conjunta de dois fatores. Os canaviais conseguem refletir com sucesso uma boa parcela da luz solar, o que já ajuda a não acumular calor.
Esse efeito é potencializado por uma espécie de "suor" da planta, que transpira alta quantidade de água retirada do solo de volta ao ambiente, resfriando o ar.
Tudo isso não significa, porém, que se deva sair por aí derrubando árvores e florestas e colocando um monte de cana-de-açúcar no lugar. Os autores da pesquisa, publicada na última edição da revista "Nature Climate Change", alertam que a cana não substitui a boa e velha mata nativa.
Os resultados são benéficos quando comparados a regiões já desmatadas, especialmente para formação de pasto e plantação de soja.
"Em ambientes onde a segurança alimentar não esteja ameaçada, a conversão de lavouras e pastos em canaviais leva a um significativo esfriamento local, enquanto a substituição da vegetação nativa pela plantação de cana provoca um aquecimento local", diz o trabalho, chefiado por Scott Loarie, da Universidade de Stanford.




Veja mais sobre o assunto aqui!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Produção Rural I (Pecuária)

Com o Ibama tentando combater a criação ilegal de gado (Veja mais aqui), entramos em um terreno muito delicado: até que ponto a produção de gado e outros animais pode influenciar o meio ambiente?

O metano, gás do efeito estufa, responde por um terço do aquecimento do planeta. A sua capacidade de reter calor na atmosfera é 23 vezes maior que a do gás carbônico. Cerca de 28% das emissões mundiais desse gás vêm da pecuária. O gado envia milhões de toneladas anuais de metano para a atmosfera (ruminação, fermentação intestinal, esterco). O metano também é liberado na queima de gás natural, em campos de arroz inundados, em aterros e lixões (decomposição de resíduos orgânicos), no esgoto, na queima do carvão e de material vegetal, entre outros. O metano permanece ativo na atmosfera por 12 anos.
Segundo
relatório da FAO (nov. 2006), a pecuária prejudica mais o ambiente que os carros.
Vi aqui.

Antes, acreditava-se que o gado era o grande vilão do efeito estufa, mas estudos recentes mostram que não é bem assim.

  11/07/2009 10h54min

Pecuária não é a maior responsável pela destruição da camada de ozônio, diz estudo

Segundo pesquisador, ao considerar todos os gases de efeito estufa, a agropecuária representa apenas 20% do total da emissão mundial


Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (USP) mostraram, nesta sexta, dia 10, que a pecuária não é a maior responsável pelas emissões de gases de efeito estufa. O estudo foi apresentado na 20ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
— O gado não é o grande vilão da destruição da camada de ozônio — afirmou o representante do Laboratório de Bioquímica Ambiental do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da universidade, Marcelo Galdos.
Segundo o pesquisador, ao considerar todos os gases de efeito estufa, como gás carbônico, óxido nitroso e metano, a agropecuária representa apenas 20% do total da emissão mundial.
— Há uma distorção dessa imagem do gado como grande emissor. Existe gente querendo parar de comer carne achando que vai ajudar o meio ambiente, quando, na verdade, se estivesse mudando seus hábitos, inclusive de transporte, poderia ter impacto ainda maior — disse Galdo.
O estudo aponta ainda que a pecuária intensiva, feita com manejo correto, pode gerar energia. O confinamento, onde há grande quantidade de gado em espaço reduzido, é visto como alternativa. Isso porque a concentração de resíduos (esterco) pode ser transformada em energia por meio da biodigestão.
— Esse metano, que iria para a atmosfera pela decomposição desse resíduo pode ser usado para gerar energia, substituindo outras fontes — explicou Marcelo Galdos.
Vi aqui


Na Mídia - Times de futebol "Jogando pelo Meio Ambiente"

18/04/2011 13h42 - Atualizado em 18/04/2011 18h27

Rivais, Corinthians e Palmeiras se unem pelo meio ambiente

Goleiros Julio Cesar e Deola são padrinho de projeto que prevê a plantação de 50 mil árvores no interior paulista


Julio Cesar e Deola selam o acordo com um aperto de mãos (Foto: Renato Cury / Globoesporte.com)

Rivais dentro de campo, Corinthians e Palmeiras se uniram fora dele. O time alviverde se juntou ao adversário no projeto "Jogando pelo Meio Ambiente". O intuito da união é promover a responsabilidade socioambiental e usar a rivalidade entre as duas equipes como incentivo no plantio de árvores. A iniciativa conta com o engajamento dos goleiros e embaixadores da causa Deola e Julio Cesar.
-Decidi participar por realmente acreditar na causa. Antes de sermos rivais, somos seres humanos, vivemos no mesmo ambiente e respiramos o mesmo ar. Espero que daqui para frente todos os clubes grandes de São Paulo possam participar também – opinou Julio Cesar, goleiro do Corinthians
- A causa é muito nobre. É evidente que o mundo precisa de mudanças drásticas. Acho que o plantio de árvores pode ajudar muito, por isso é importante a conscientização de todos – completou Deola, goleiro do Palmeiras.
A cada jogo do Corinthians ou do Palmeiras, 100 árvores são plantadas. O mesmo acontece com cada gol marcado por uma das duas equipes. No ano passado foram plantadas 23 mil árvores. E com o objetivo de aumentar esse número, outras regras foram criadas. A cada pênalti defendido pelos padrinhos Júlio Cesar ou Deola, outras 200 árvores serão plantadas. Caso alguma das duas equipes conquiste algum torneio, haverá um plantio bônus (1.000 árvores para o Campeonato Paulista e 3.000 para Copa Sul-Americana e Brasileirão).
A estimativa para esse ano é que o sítio localizado em Salto do Pirapora, interior de São Paulo, receba cerca de 50 mil novas mudas, o dobro de 2010. Para chegar a esse número, o goleiro do Palmeiras fez uma sugestão de última hora.
- Gol é legal de fazer, pegar pênalti também, mas o principal objetivo dos goleiros é sair de campo sem levar gols. Acho que poderiam plantar 100 árvores quando isso acontecer – sugeriu o goleiro, que teve sua proposta aceita.
E para aproveitar o tom de engajamento, mas sem esquecer a rivalidade, os goleiros combinaram que quem conseguir o menor número de plantio de árvores após o fim da temporada, fará uma doação de cestas básicas.
- Foi rolado o desafio, é uma briga saudável – disse Deola.
- A rivalidade continua, não tem jeito de sair – finalizou Julio Cesar.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ecopontos


1 - O que são Ecopontos?
São Pontos de Entrega Voluntária de Materiais Inservíveis (que não servem mais, como entulho da construção civil e objetos volumosos). É uma solução para acabar com o despejo desses materiais em vias públicas, rios e terrenos baldios, que acabam por gerar problemas de enchentes, saúde pública e onerando o orçamento municipal.

2- O que eu posso entregar no Ecoponto?
Todos os resíduos da construção civil, desde cimento, entulho e tijolo, restos de azulejos e madeiras. Móveis velhos, sobras de poda de árvore e outros materiais volumosos também podem ser levados aos EcoPontos.

3 - É preciso pagar pelo serviço?
Não! O serviço do Ecoponto é gratuito.

4 - Posso entregar qualquer quantidade?
Não! Existe um limite de recebimento diário de 1 metro cúbico por pessoa. Este volume de entulho equivale a aproximadamente a 25% de uma caçamba ou a uma caixa-d’água de mil litros.

5 - Em que dias e horários o Ecoponto funciona?
De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

6 - Para onde vão os materiais entregues no Ecoponto?
Os entulhos são encaminhados a quatro aterros de inertes.Os materiais recicláveis como papel, metal e plástico são encaminhados às Centrais de Triagem do Programa de Coleta Seletiva Solidária. O material sem possibilidade de reaproveitamento é levado para os aterros sanitários.

7 - Gero muito entulho. Devo contratar uma empresa?
Sim. O grande gerador deve contratar uma empresa especializada em serviços de coleta e transporte de entulho. Certifique-se de que ela mantém cadastro no LIMPURB e exija uma via do Controle de Transporte de Resíduos (CTR). Garanta que seu entulho vá para um local adequado, e não para um aterro clandestino. A relação das empresas cadastradas está no site www.prefeitura.sp.gov.br

8 - Posso entregar lixo domiciliar no Ecoponto?
Não. Esse lixo deve ser colocado para a coleta regular, respeitando-se os dias e horários pré-estabelecidos.

9 - Posso entregar lixo reciclável?
Sim. O Ecoponto encaminha esse material às centrais de triagem, para que seja reciclado.

10 - Posso entregar lixo industrial ou hospitalar?
Não. A responsabilidade pelo transporte e pela destinação do resíduo industrial é de quem o produz. A Prefeitura coleta os resíduos dos serviços de saúde de pequenos e de grandes geradores, que obrigatoriamente devem ser cadastradas no LIMPURB, conforme a lei.





Para saber mais endereços, acesse: http://www.ecopontosp.com.br/
Fontes:
http://www.taviraverde.pt/files/Aprender_a_Reciclar.pdf

Reciclagem

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade  foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra.



Importância e vantangens da reciclagem 
A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.
No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.
Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.
Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.
Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.
Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser utilizado na agricultura.
Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter , muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.



Exemplos de Produtos Recicláveis
- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requijão, etc), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.
- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.
- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.
- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos pláticos, embalagens e sacolas de supermercado.



Mas o que NÃO pode ser reciclado?
  • papéis – papel celofane, papel vegetal, papel plastificado, laminados (reciclagem difícil), encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis, carbono, papel sanitário usados, papéis sujos, engordurados ou contaminados com alguma substância nociva à saúde, papéis revestidos com algum tipo de parafina ou silicone, fotografias, fitas adesivas e etiquetas adesivas

  • plásticos – plásticos termofixos (usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), plásticos tipo celofane, embalagens plásticas metalizadas (tipo salgadinhos), isopor

  • vidros – espelhos, vidros de janelas,vidros de automóveis, lâmpadas, tubos de televisão e válvulas, ampolas de medicamentos, cristal, vidros temperados planos ou de utensílios domésticos




  • Para saber mais:
    http://www.institutoaqualung.com.br/info_reciclagem31.html
    http://rainydays.rockerspace.net/quais-produtos-podem-ser-reciclados/
    http://www.sucata.com.br/produtos.htm
     http://www.reciclaveis.com.br/

    sexta-feira, 8 de abril de 2011

    Mas então por que não apostar nas energias alternativas?

     

    Uma meta para o futuro

    Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão.
    O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa.
    A dependência de consumo de combustíveis fósseis para a produção de energia certamente afeta a vida na terra e compromete a qualidade ambiental, e continuará sendo desse jeito. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual sejam dirigidos para produzir outros tipos de energia (que sejam menos poluidoras e que causem menos impactos ambientais, diferente do petróleo), as chamadas energias alternativas.
    No Brasil (diferentemente da maioria dos países), a produção de energia é feita principalmente através de hidrelétricas, ou seja, de energia hidráulica pois o país dispõe de grandes bacias hidrográficas. A energia produzida através de hidrelétricas é considerada limpa e renovável, ao contrário daquelas derivadas dos combustíveis de petróleo.
    Sabendo do que foi falado nos parágrafos acima, Quais são os diferentes tipos de energia? Como funcionam? Qual é a próxima fonte de energia quando se acabar o petróleo? Qual é a grande luta para existirem as energias alternativas?
    A energia alternativa (ao petróleo) é uma forma de produzir energia elétrica, causando menos problemas à sociedade atual, ao meio ambiente e, menos poluição. Os principais tipos de energia alternativa que existem, são:

    Energia Solar: Abundante, mas cara

    A energia solar, é uma energia abundante, porém, é muito difícil de usá-la diretamente. Ela é limpa e renovável, e existem três maneiras de fazer o seu uso:
    Células fotovoltáicas, que são consideradas as que mais prometem da energia solar. A luz solar é diretamente transformada em energia, através de placas que viram baterias.
    Os captadores planos, ou, coletores térmicos, que, num lugar fechado, aquecem a água, que com pressão do vapor, movem turbinas ligadas aos geradores.
    Também chamados de captadores de energia, os espelhos côncavos refletores, mantém a energia do sol que aquecem a água com mais de 100° C em tubos, que com a pressão, movimentam turbinas ligadas ao gerador. O único e pequeno problema dos espelhos côncavos, é que eles têm que acompanha diretamente os raios do sol, para fazer um aproveitamento melhor.
    Como à noite e em dias chuvosos não tem sol, a desvantagem da energia solar, é que nesses casos ela não pode ser aproveitada, por isso que é melhor produzir energia solar em lugares secos e ensolarados.
    Um exemplo do aproveitamento dessa energia, é em Freiburg, no sudeste da Alemanha. A chamada “cidade do sol”, lá existe o bairro que foi o primeiro a possuir casas abastecidas com energia solar. As casas são construídas com um isolamento térmico para a energia ser “guardada” dentro. Quando as casas são abastecidas com mais energia do que necessário, os donos vendem o restante de energia para companhias de eletricidade da região.
    Na cidade , há casas que giram de acordo com o movimento do sol. A igreja e o estádio de futebol, são abastecidos com energia solar. Com o uso de energia solar, a cidade já deixou de usar mais de 200 toneladas de gás carbônico por ano.

    Energia Eólica: limpa, mas demorada

    É a energia mais limpa que existe. A chamada energia eólica, que também pode ser denominada de energia dos ventos, é uma energia de fonte renovável e limpa, porque não se acaba (é possível utilizá-la mais que uma vez), e porque não polui nada. O vento (fonte da energia eólica), faz girar hélices que movimentam turbinas, que produzem energia. O único lado ruim que a energia eólica possui é que como depende do vento, que é um fenômeno natural, ele faz interrupções temporárias, a maioria dos lugares não tem vento o tempo todo, e não é toda hora que se produz energia. O outro lado ruim, é que o vento não é tão forte como outras fontes, fazendo o processo de produção ficar mais lento.
    Não são muitos os lugares que existem condições favoráveis ao aproveitamento da energia eólica, ou seja, não é todo lugar que apresentam ventos constantes e intensos. Os lugares que tem as melhores condições para atividade, são: norte da Europa, norte da África e a costa oeste dos Estados Unidos.
    Na maioria dos casos essa forma de energia é usada para complementar as usinas hidroelétricas e termoelétricas.
    Um exemplo para mostrar como a energia dos ventos é econômica, é que no Estado da Califórnia, que com o aproveitamento dessa energia, economizou mais de 10 milhões de barris de petróleo.

    Energia Nuclear, eficaz, mas perigosa

    A energia Nuclear, que pode também ser chamada de energia atômica, é a energia que fica dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura ou pela fissão do átomo.
    Como a energia atômica não emite gases ela é considerada uma energia limpa, mas tem um lado ruim, gera lixo atômico, ou resíduos radioativos que são muitos perigosos aos seres humanos pois causam mortes e doenças.
    Por isso, quando produzem a energia nuclear, é preciso um desenvolvimento muito seguro, que isolem o material radioativo durante um bom tempo.
    Nas usinas atômicas, que também podem ser chamadas de termonucleares, em vez de ser usada a queima de combustíveis, a energia nuclear gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas que acionam geradores elétricos.
    A energia atômica é usada em muitos países e veja a porcentagem de cada um: EUA, 30,7%; França, 15,5%;Japão, 12,5%; Alemanha, 6,7%; Federação Russa, 4,8%. No Brasil, apesar de usar muito a energia Hidráulica, a energia nuclear também tem uma pequena porcentagem de 2,6%.

    Energia da Biomassa: uma energia vegetal

    Para produzir a energia da biomassa, é preciso um grande percurso. Um exemplo da biomassa, é a lenha que se queima nas lareiras. Mas hoje, quando se fala em energia biomassa, quer dizer que estão falando de etanol, biogás, e biodiesel, esses combustíveis, que tem uma queima tão fácil, como a gasolina e outros derivados do petróleo, mas a energia da biomassa, é derivada de plantas cultivadas, portanto, são mais ecológicas.
    Para ter uma idéia de como a energia da biomassa é eficiente, o etanol, extraído do milho, é usado junto com a gasolina nos Estados Unidos; e também, é produzido da cana de açúcar, o etanol responde metade dos combustíveis de carro produzido no Brasil. Em vários países, mas principalmente nos Estados Unidos, o biodiesel de origem vegetal é usado junto ou puro ao óleo diesel comum. Segundo o diretor do centro nacional de bioenergia: “Os biocombustíveis são a opção mais fácil de ampliar-se o atual leque de combustíveis”
    O único problema da biomassa é que por conta da fotossíntese (o processo pela qual as plantas captam energia solar) é bem menos eficiente por metro quadrado do que os painéis solares, por causa desse problema, é que para ter uma boa quantidade de captação de energia por meio de plantas, é preciso uma quantidade de terra bem mais extensa. Estima-se de que para movimentar todos os meios de transportes do planeta só usando biocombustíveis, as terras usadas para agricultura teriam que ser duas vezes maiores do que já são.
    Para ser mais eficaz, deixando mais rápidas as colheitas, e deixando ser mais captadores de energia, cientistas estão fazendo pesquisas. Atualmente, os combustíveis extraídos da biomassa são vegetais, como o amido, o açúcar, e óleos, mas alguns cientistas, estão tentando deixar esses combustíveis líquidos. Outros estão visando safras que gerem melhores combustíveis.
    E esse é o grande problema da energia da biomassa, mas para Michel Pacheco, “Estamos diante de muitas opções, e cada uma tem por trás um grupo de interesse. Para ser bastante sincero, um dos maiores problemas com a biomassa é o fato de existirem tantas alternativas“

    Energia Hidráulica

    A energia hidráulica pode ser considerada alternativa em relação aos combustíveis fósseis, porem no Brasil ela é utilizada rotineiramente.
    Nas usinas hidrelétricas, a pressão das águas movimentam turbinas que estão ligadas aos geradores de corrente elétrica. Na maioria das vezes são construídas barragens, que servem para represar os rios. Com muita pressão, a água acumulada é liberada, e as turbinas giram.
    A energia hidráulica, tem muitas vantagens, porque é uma fonte limpa, não causa grandes impactos ambientais globais, é renovável e é muito barata comparada com as outras fontes.
    Também existem as desvantagens, que são: inundação de áreas habitadas causando deslocamentos de populações e destruição da flora e fauna.
    De toda energia gerada no mundo, cerca de 15% é de energia hidráulica, e só no Brasil, essa quantidade, é de 90%.

    Energia Geotérmica

    A energia geotérmica é gerada pelo calor das rochas do subsolo. No subsolo as águas dos lençóis freáticos são aquecidas, e então, são utilizadas para a produção energia.
    A extração dessa energia só é possível acontecer em poucos lugares. Alem disso, é muito caro perfurar a terra para chegar nas rochas aquecidas.
    O fato de que só existir essa energia perto de vulcões, muito poucos países geram essa energia, e esses paises são: Nicarágua, Quênia, El salvador, México, Chile, Japão, e França. Sendo assim o uso deste tipo de energia é de difícil utilização na grande maioria dos países.

    Energia térmica dos oceanos

    Graças à diferença de temperatura das águas profundas e águas que ficam na superfície, a água marinha pode ser usada para fazer um armazenamento de energia solar, e geradora de energia elétrica.
    Em usinas que fazem esse “sistema”, a diferença de temperatura faz um movimento em tubos circulares. Isso ocorre em lugares fechados, conectados a turbinas que estão ligadas em geradores, produzindo energia elétrica. Uma vantagem dessa energia é que elas são renováveis, e uma desvantagem é que o custo é muito alto.
    O primeiro lugar que fizeram o uso desse tipo de energia, foi nos Estados Unidos em 1979, e estão produzindo energia, até hoje.
    Pesquisas revelam através de estimativas, que de toda a energia gerada no planeta, 80% são de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Nos próximos 100 anos, uma coisa que é muito provável, é que com o aumento da população, paralelamente, aumentará o uso de combustíveis fósseis. E uma coisa que não é nada provável, é que essa grande população (que na época estará maior) faça o uso de energia alternativa. Para o professor de engenharia, Martin Hoffer, o esforço de fazer as pessoas deixarem de usar o petróleo, e começarem a usar energia alternativa, é maior do que acabar com terrorismo: “O terrorismo não ameaça viabilidade do nosso modo de vida baseado nos avanços tecnológicos, mas a energia, é um fator crucial”. Um exemplo de como existem energias alternativas que “adiantam” e são “ecológicas”, é que se se nos trocássemos uma lâmpada incandescente por uma fluorescente, nos estaríamos economizando 225 quilos de carvão, alem de deixar de causar poluição.
    Os grandes problemas que parte da sociedade luta para ter a energia alternativa são os políticos e as empresas transnacionais (como a Shell, Texaco, Esso, etc.). Como a nossa sociedade é capitalista, grande parte dela não se preocupa nada em relação às conseqüências, querendo cada vez mais construir usinas poluidoras, só pensando no lucro. Poderíamos usar outras fontes menos poluentes, mas por causa do capitalismo, temos um monopólio do uso de energias mais poluidoras. E o que Martin Hoffer levanta é que se a sociedade capitalista não ajudar, podemos ser condenados a depender só dos combustíveis fósseis, cada vez mais poluentes, à medida que diminuem as reservas petroleiras e de gás, com conseqüência catastrófica no planeta: “se não tivemos uma política energética pró-ativa, acabaremos simplesmente usando o carvão, depois o xisto, e em seguida a areia de alcatrão, sempre com um retorno cada vez menor, até que nossa civilização entre em colapso. Mas tal declínio não é inevitável. Ainda temos a possibilidade de escolher.”
    Sabendo que futuramente aumentará o número de pessoas, aumentando junto o uso de combustíveis fósseis, algum dia, as grandes reservas petroleiras acabarão, então, pesquisadores trabalham para identificar o próximo grande combustível que abastecerá esse gigantesco planeta. Para alguns especialistas, “não há nenhuma solução milagrosa”, para outros, aqueles mais insistentes, pensam que existem energias infinitas no espaço, mas que para fazer na prática é impossível.
    A vontade de carros movidos a hidrogênio, pode dar uma impressão equivocada, porque hidrogênio não é fonte de energia. Para ele se tornar útil, tem que ser isolado e isso requer mais energia do que proporciona. Atualmente o único jeito de produzir energia com hidrogênio, é com combustíveis fosseis, que é um jeito poluidor de fazer, mas estão pensando em um jeito limpo de sua produção: O hidrogênio seria produzido de formas de energias que não liberam poluição (dióxido de carbono) o que precisaria de um uso grande de energia eólica, nuclear e solar. Nos Estados Unidos, uma coisa muito estudada pelo governo, é que poderíamos produzir energia com hidrogênio, usando as grandes reservas de carvão do paÍs, mas armazenando no subsolo o dióxido de carbono.
    Isso que nós acabamos de ver sobre o hidrogênio é um belo exemplo de que nós, seres humanos, somos muitos capazes de poder conciliar um desenvolvimento limpo, descobrindo coisas novas, e ao mesmo tempo, preservando o planeta.

    Usinas de Energia - conheça mais sobre o assunto

    No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas (cerca de 95%). Em regiões rurais e mais distantes das hidrelétricas centrais, têm-se utilizado energia produzida em usinas termoelétricas e em pequena escala, a energia elétrica gerada da energia eólica.
    Neste artigo vamos dar uma visão geral das fontes alternativas de energia elétrica: hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica, marés e fotovoltaica.

    Energia hídrica

    Nas usinas hidrelétricas, a energia elétrica tem como fonte principal a energia proveniente da queda de água represada a uma certa altura. A energia potencial que a água tem na parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica.
    Utiliza-se a energia hídrica no Brasil em grande escala, devido aos grandes mananciais de água existentes.
    Atualmente estão sendo discutidas fontes alternativas para a produção de energia elétrica, pois a falta de chuvas está causando um grande déficit na oferta de energia elétrica. A maior usina hidrelétrica do Brasil é a de Itaipu (Foz de Iguaçu) que tem capacidade de 12600 MW.



    Energia térmica

    Nas usinas termoelétricas a energia elétrica é obtida pela queima de combustíveis, como carvão, óleo, derivados do petróleo e, atualmente, também a cana de açúcar (biomassa).
    A produção de energia elétrica é realizada através da queima do combustível que aquece a água, transformando-a em vapor. Este vapor é conduzido a alta pressão por uma tubulação e faz girar as pás da turbina, cujo eixo está acoplado ao gerador. Em seguida o vapor é resfriado retornando ao estado líquido e a água é reaproveitada, para novamente ser vaporizada.
    Vários cuidados precisam ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas.
    No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado, e agora, com a crise que estamos vivendo, é a que mais tende a se expandir.

    Energia nuclear

    Este tipo de energia é obtido a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia.
    A energia nuclear é a energia liberada durante a fissão ou fusão dos núcleos atômicos. As quantidades de energia que podem ser obtidas mediante processos nucleares superam em muitas as que se pode obter mediante processos químicos, que só utilizam as regiões externas do átomo.
    Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros se deve provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de nêutrons ou outras.
    Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.
    A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.


    Urânio enriquecido - o que é isto?

    Sabemos que o átomo é constituído de um núcleo onde estão situados dois tipos de partículas: os prótons que possuem cargas positivas e os nêutrons que não possuem carga.
    Em torno do núcleo, há uma região denominada eletrosfera, onde se encontram os elétrons que têm cargas negativas. Átomos do mesmo elemento químico, que possuem o mesmo número de prótons e diferentes número de nêutrons são chamados isótopos. O urânio possui dois isótopos: 235U e 238U. O 235U é o único capaz de sofrer fissão. Na natureza só é possível encontrar 0,7 % deste tipo de isótropo. Para ser usado como combustível em uma usina, é necessário enriquecer o urânio natural. Um dos métodos é “filtrar” o urânio através de membranas muito finas. O 235U é mais leve e atravessa a membrana primeiro do que o 238U. Esta operação tem que ser repetida várias vezes e é um processo muito caro e complexo. Poucos países possuem esta tecnologia para escala industrial.
    O urânio é colocado em cilindros metálicos no núcleo do reator que é constituído de um material moderador (geralmente grafite) para diminuir a velocidade dos nêutrons emitidos pelo urânio em desintegração, permitindo as reações em cadeia. O resfriamento do reator do núcleo é realizado através de líquido ou gás que circula através de tubos, pelo seu interior. Este calor retirado é transferido para uma segunda tubulação onde circula água. Por aquecimento esta água se transforma em vapor (a temperatura chega a 320oC) que vai movimentar as pás das turbinas que movimentarão o gerador, produzindo eletricidade.
    Depois este vapor é liquefeito e reconduzido para a tubulação, onde é novamente aquecido e vaporizado.
    No Brasil, está funcionado a Usina Nuclear Angra 2 sendo que a produção de energia elétrica é em pequena quantidade que não dá para abastecer toda a cidade do Rio de Janeiro.
    No âmbito governamental está em discussão a construção da Usina Nuclear Angra 3 por causa do déficit de energia no país.
    Os Estados Unidos da América lideram a produção de energia nuclear e nos países França, Suécia, Finlândia e Bélgica 50 % da energia elétrica consumida, provém de usinas nucleares.


    Energia geotérmica

    Energia geotérmica é a energia produzida de rochas derretidas no subsolo (magma) que aquecem a água no subsolo.
    Na Islândia, que é um país localizado muito ao Norte, próximo do Círculo Polar Ártico, com vulcanismo intenso, onde a água quente e o vapor afloram à superfície ou se encontram em pequena profundidade, tem uma grande quantidade de energia geotérmica aproveitável e a energia elétrica é gerada a partir desta.
    As usinas elétricas aproveitam esta energia para produzir água quente e vapor. O vapor aciona as turbinas que geram quase 3 000 000 joules de energia elétrica por segundo e a água quente percorre tubulações até chegar às casas.
    Nos Estados Unidos da América há usinas deste tipo na Califórnia e em Nevada. Em El Salvador, 30% da energia elétrica consumida provém da energia geotérmica.


    Energia eólica

    Os moinhos de ventos são velhos conhecidos nossos, e usam a energia dos ventos, isto é, eólica, não para gerar eletricidade, mas para realizar trabalho, como bombear água e moer grãos. Na Pérsia, no século V, já eram utilizados moinhos de vento para bombear água para irrigação.
    A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica. A conversão de energia é realizada através de um aerogerador que consiste num gerador elétrico acoplado a um eixo que gira através da incidência do vento nas pás da turbina.
    A turbina eólica horizontal (a vertical não é mais usada), é formada essencialmente por um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes, impulsionadas por forças predominantemente de sustentação, acionando geradores que operam a velocidade variável, para garantir uma alta eficiência de conversão.
    A instalação de turbinas eólicas tem interesse em locais em que a velocidade média anual dos ventos seja superior a 3,6 m/s.
    Existem atualmente, mais de 20 000 turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo (principalmente no Estados Unidos). Na Europa, espera-se gerar 10 % da energia elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.
    O Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas, mas elas ainda são pouco usadas. Aqui se destacam as Usinas do Camelinho (1MW, em MG), de Mucuripe (1,2MW) e da Prainha (10MW) no Ceará, e a de Fernando de Noronha em Pernambuco.
    Energia das marés A energia das marés é obtida de modo semelhante ao da energia hidrelétrica.
    Constrói-se uma barragem, formando-se um reservatório junto ao mar. Quando a maré é alta, a água enche o reservatório, passando através da turbina e produzindo energia elétrica, e na maré baixa o reservatório é esvaziado e água que sai do reservatório, passa novamente através da turbina, em sentido contrário, produzindo energia elétrica. Este tipo de fonte é também usado no Japão e Inglaterra.
    No Brasil temos grande amplitude de marés, por exemplo, em São Luís, na Baia de São Marcos (6,8m), mas a topografia do litoral inviabiliza economicamente a construção de reservatórios.

    Energia fotovoltaica

    A energia fotovoltaica é fornecida de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que sob a incidência do sol geram energia elétrica. A energia gerada pelos painéis é armazenada em bancos de bateria, para que seja usada em período de baixa radiação e durante a noite.
    A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (no caso átomos de silício), provocando a emissão de elétrons, gerando corrente elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta.
    O uso de painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em elétrica é viável para pequenas instalações, em regiões remotas ou de difícil acesso. É muito utilizada para a alimentação de dispositivos eletrônicos existentes em foguetes, satélites e astronaves.
    O sistema de co-geração fotovoltaica também é uma solução; uma fonte de energia fotovoltaica é conectada em paralelo com uma fonte local de eletricidade. Este sistema de co-geração voltaica está sendo implantado na Holanda em um complexo residencial de 5000 casas, sendo de 1 MW a capacidade de geração de energia fotovoltaica. Os Estados Unidos, Japão e Alemanha têm indicativos em promover a utilização de energia fotovoltaica em centros urbanos. Na Cidade Universitária - USP - São Paulo, há um prédio que utiliza este tipo de fonte de energia elétrica.
    No Brasil já é usado, em uma escala significativa, o coletor solar que utiliza a energia solar para aquecer a água e não para gerar energia elétrica.

    segunda-feira, 4 de abril de 2011

    Desrespeito aos Animais - Jaguatirica é vetada em desfile da Tom Maior


    Jaguatirica é vetada em desfile da Tom Maior
    Escola também pretendia levar amanhã para o sambódromo do Anhembi uma suçuarana e uma iguana, mas pode ser enquadrada em lei ambiental
    Marici Capitelli - O Estado de S.Paulo
    A escola de samba paulistana Tom Maior está proibida de levar amanhã para o sambódromo do Anhembi uma jaguatirica, uma suçuarana e uma iguana, como pretendia o presidente da entidade, Marko Antonio de Souza. Tanto o Ministério Público Federal quanto o Ministério Público Estadual de São Paulo estão tomando medidas para que integrantes da escola sejam conduzidos para a delegacia, caso desrespeitem a Lei de Crimes Ambientais e apareçam com os bichos para o desfile.
    Ontem, o presidente da agremiação paulistana não compareceu a uma audiência no Ministério Público Estadual e também não respondeu a um ofício enviado pelo Ministério Público Federal. "Eu não vou comentar esse assunto", afirmou o presidente ao ser questionado porque não havia comparecido à audiência. Também deu a mesma resposta para a pergunta se estava mantida ou não a presença dos felinos e da iguana na abertura do desfile.
    O procurador da República, Adilson Paulo Prudente do Amaral Filho, do Ministério Público Federal (MPF), afirmou que vai estender até hoje o prazo para que a escola se pronuncie. "Caso não dê uma resposta, já vou afirmando que não vai levar os animais, e vou notificá-los sobre os crimes em que estão incorrendo", explicou.
    A outra medida que o procurador vai tomar será acionar o comando da Polícia Militar que atuará no sambódromo, a partir de amanhã. "Vou pedir para que fiquem alertas. Caso os sambistas apareçam com os animais, deverão ser imediatamente conduzidos para a Polícia Federal e vão passar todo o desfile sentados na delegacia", adiantou. Segundo ele, não apenas o presidente, mas todos os integrantes da escola que estiverem notificados na operação vão ser autuados.
    Ainda de acordo com o procurador, o uso de bichos no desfile de escolas de samba fere o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais - utilização não autorizada de animais silvestres. E ainda há o risco de se incorrer no artigo 32 - maus-tratos.
    Ibama. Procurado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que ainda teria de autorizar a participação dos animais. Ainda enviou resposta ao MPF, relatando que a escola não pediu autorização para o desfile. Mesmo que o fizesse, o pedido não seria autorizado.
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    Praticar abuso contra animais é crime ambiental
    03 de março de 2011 | 0h 00
    Bruno Covas - O Estado de S.Paulo
    O que leva uma pessoa a anunciar que cometerá um crime? Certeza de impunidade ou apenas chamar a atenção utilizando-se de marketing rasteiro? Essas perguntas surgiram quando, há alguns dias, foi noticiado que a direção da escola de samba Tom Maior tinha planos de colocar na passarela do Anhembi uma jaguatirica. O carnaval de São Paulo não pode ser maculado com esse tipo de atitude.
    A nossa visão em relação ao mundo animal mudou muito nas últimas décadas. Os animais já não são vistos como seres inferiores que podem ou devem ser submetidos à vontade do homem. A utilização da fauna silvestre, espécies ameaçadas ou não, goza de proteção legal desde a década de 1960, quando foi publicado o Código de Proteção à Fauna, na lei federal 5.197/67. Mais recente, a lei 9.605/98, que pune os chamados crimes ambientais, trata em seu artigo 29 das sanções pela utilização de animais silvestres, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão do órgão público, no caso o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
    Contando que tudo não tenha passado de uma brincadeira de mau gosto, é necessário lembrar que levar tais animais para um local onde estarão submetidos a grande estresse será categorizado como maus-tratos, tema enquadrável no artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais, assim descrito: "Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". Tal infração é passiva de multa e outras sanções. Continuo achando que o dirigente da agremiação estava só querendo chamar a atenção quando diz que "a ideia é não falar, porque eles não vão autorizar e vão estragar nosso feito". Um feito malfeito que denigre a imagem da Tom Maior.
    É SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE